ANFIP Nacional participa de mobilização em defesa dos aposentados em Brasília
24 de janeiro de 2025145
Na mesma data em que é comemorado o Dia Nacional do Aposentado, e também os 102 da Previdência Social, 24 de janeiro, a ANFIP e diversas entidades representativas dos servidores públicos se mobilizaram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para cobrar do governo federal os direitos da categoria.
A ANFIP esteve representada pelo vice-presidente Executivo, Gilberto Pereira, e pelo vice-presidente de Administração, Patrimônio, Cadastro e Tecnologia da Informação, Antonio Carlos Silveira, bem como por associados do Distrito Federal.
Dentre as reivindicações apresentadas na mobilização, o movimento cobrou reajuste do vencimento básico, fim da contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas e manutenção da isenção do IRPF a portadores de moléstia grave.
“Somos aposentados e ainda estamos aqui lutando por direitos que são nossos, que estão na Constituição, e esses direitos estão sendo feridos”, ressaltou Gilberto Pereira.
Injustiça social
O vice-presidente Executivo também criticou a previsão orçamentária da União por privilegiar o sistema financeiro do país, enquanto os aposentados têm suas demandas negadas. “Esse governo, neste ano, na sua lei de orçamento anual, está destinando R$ 2 trilhões para o sistema financeiro, especificamente para a Faria Lima. Só de juros, serão pagos R$ 721 bilhões. Para os capitalistas, aqueles que são beneficiados por renúncia fiscal, são R$ 543 bilhões. Mas [dizem] a culpa é nossa, a conta é nossa. Eles não podem ficar sem seus privilégios, mas nós podemos ficar aqui à mingua desse e dos governos anteriores, que esmagam a sociedade, os aposentados e os mais pobres”, denunciou.
“Mais uma injustiça é com aqueles que estão com doenças graves, em tratamento com medicamentos que custam mil reais uma injeção. E, agora, querem tirar o direito já garantido dessas pessoas”, disse em referência à sinalização do governo de excluir aposentados e pensionistas portadores de moléstia grave, com proventos acima de R$ 20 mil, da isenção do IRPF.
Gilberto Pereira lembrou do compromisso do atual governo em “colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”. “Está acontecendo é o contrário. Nós, aposentados, viramos um peso para a sociedade. Carregamos o país por 30, 35 anos, homens e mulheres, no balcão, prestando serviços, atendendo a sociedade, e agora não somos mais ninguém? Ninguém quer saber de nós? Temos que estar aqui, clamando por um direito que é nosso?”.
Comissão de negociação
Após a concentração na Praça dos Três Poderes, o grupo caminhou até o anexo do Palácio do Planalto, onde foi recebido por representantes da Presidência da República e da Secretaria Geral da PR. Lá, cada entidade pode se pronunciar e detalhar questões importantes para a categoria, que ainda não foram atendidas pelo governo.
Ficou acertado que as entidades representativas irão formar uma comissão de negociação e listar as reivindicações para entregar oficialmente ao governo, iniciando, então, as tratativas.
A mobilização integrou a 2ª Marcha dos Aposentados e também contou com participação de representantes do Instituto Mosap, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sindifisco Nacional, centrais sindicais, dentre outras instituições.